Era um dia importante. Logo cedo foi obrigado a despertar, pegar a mochila e partir para mais um desafio: enfrentar muitos jovens e adolescentes indecisos. Fora necessário pegar condução coletiva. Ia reparando as coisas pelo caminho e conversando com a amiga de muitas horas.Ao chegar ao ilustre campus, a surpresa foi notável: teria de auxiliar na produção jornalística.
A manhã foi passando e a correria do “ao vivo” fazendo com que tudo tivesse um gostinho de quero mais. Ligação vai, ligação vem. Entrevista vai, entrevista vem. E mais uma atividade a serviço da informação chegara ao fim.
Ao meio dia era notável o “ronco” no estômago. Foram todos diretamente para o restaurante com nome de fruta saborear os “pratos do dia”. Em meio a diversas combinações de assuntos proseados, eis que surge a voz:
- Eu não tenho dinheiro. Vocês pagam pra mim?
Em um gesto de amizade, todos se unem para fazer uma “mimosa” em prol da companheira de estudos e profissão. Até o mestre entrou na “parada”.
Minutos depois, dirigiam-se ao encontro dos inquietos responsáveis pelo futuro da nação: os estudantes que procuravam esclarecer dúvidas sobre as diversas profissões. Ao chegarem à seus postos, logo recebem a mais nauseante afirmação:
- Graças a Deus o diploma não é exigido!
E mais ainda:
- O curso oposto é melhor que o nosso!
Bastaram essas palavras para que a “merda” estivesse feita. Repugnados por tamanha barbaridade e enjoados de calar-se perante tanta falação, assumiam, pouco a pouco, a palavra e disseminavam o conhecimento junto aos demais.
O dia foi passando e o cansaço batendo à porta. Eis que resolvem encerrar o expediente. Juntamente com a “companheira”, aquela de todas as horas, e o mestre, retorna com a tão famosa condução: o transporte coletivo.
Os assuntos eram acadêmicos, tirando algumas observações pessoais, e o caminho ia se encurtando.
Chegavam ao destino, mas a volta não terminava por aí. Era preciso se separar dos demais e pegar mais uma condução até o destino desejado.
Os pensamentos, em meio à sinfonia de rangidos do veículo já usado e o sono que lhe alcançava aos poucos, foram determinantes para que o caminho torna-se curto e a “viagem” mais rápida.
Ao chegar ao tão esperado lar, a notícia não foi tão boa. Respondera furioso:
- Não acredito que deu embora a Belinha – a cachorrinha era sua protegida na casa.
Ainda nervoso, dirigi-se ao quarto e após horas de pensamentos, chega a uma conclusão:
- Mesmo com as dificuldades, foi gostoso vivenciar novas experiências!
Hoje o dia foi repleto de fúrias e recompensas. A viagem de volta serviu para tal reflexão. De que tudo, quando feito com vontade, vale à pena.
ResponderExcluirE o cansaço consome... mas certamente vale à pena! ;)
"Tudo vale à pena
Quando a alma não é pequena"
Não conhecia esse teu lado "não-ficção" jornalístico, meu caro companheiro de histórias!
kkkk... pois é, a "não-ficção" está nas veias também dos jornalistas
ResponderExcluirQuando eu crescer quero escrever assim. Parabéns pelo excelente trabalho na cobertura e pelo blog.
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