domingo, 17 de julho de 2011

Emoções que não acabam com o tempo

Ele: Porque estou com esse tipo de coisas na cabeça?
Ela: Porque ainda o quero?
Ele: Como posso pensar que ela ainda me quer. Jamais dera certo de novo, depois de tudo o que aconteceu e do tempo que passou.
Ela: Se ele me dissesse apenas uma frase, tudo seria bem melhor.
Ele: Ela bem que podia chegar e me dizer o que sente.
Ela: Não esqueço os carinhos dele. Aquela mão macia, o olhar de quem cuida, o sorriso encantador, a forma com que me abraçava e me beijava. Se eu soubesse o quanto sentiria falta, teria aproveitado mais, mostrado mais afeto, dito mais vezes que o amo.
Ele: Gosto tanto do jeito de menina dela. As conversas, as noites juntos, os sonhos que tínhamos um com o outro, a saudade que sentíamos quando estávamos distantes, o olhar fulminante, os ciuminhos bobos que ela tinha e nunca queria mostrar, os abraços apertados. Quantas coisas nela que me fazem falta, mas não soube dar valor e só olhei os defeitos.
Ela: Será que ligo para ele?
Ele: Será que ela pensa em mim?
Ela: Eu preciso esquecer isso tudo, já se passou muito tempo. Como vou fazer isso se nem se quer as canções que cantávamos um para o outro eu consigo esquecer.
Ele: Não sei o que faço, será que estou remoendo algo que já passou? Será que eu ligo para ela? Mas já esta tarde, ela não deve estar acordada.
Ela: Quanta saudade.
Ele: Tantas lembranças.
Ela: Vou ligar, não tenho nada a perder. Não custa tentar.
Ele: Preciso falar com ela. Enquanto não saber se ainda gosta de mim não sossego. Vou ligar!
Ela: ...
Ele: ...
Ela: Ocupado? Essa hora da noite? Ele já me esqueceu!
Ele: Ocupado! É melhor eu ir dormir...

sábado, 9 de julho de 2011

Simplesmente olhares...

É impressionante como um olhar realmente pode fazer muita diferença! Essa frase muitas pessoas já ouviram, mas será que já pensaram em olhar as coisas de uma forma mais interpretativa? Certo dia ele saiu de casa para ir ao encontro de alguns amigos que não via há algum tempo. Pensava em várias coisas da vida. Estava vivendo em um conflito interno. Juntava desilusões com problemas familiares e preocupações financeiras. Lembrava das muitas coisas que já tinha feito naquele ano, das quais, poucas foram significantes para a sua felicidade. Em um determinado momento, ele parou para observar: como as pessoas transmitem mensagens sem, ao menos, falarem algo?! Ao seu redor estavam várias pessoas, com destinos diversos (alguns parecidos) e com histórias de vida distintas, mas que, por algum motivo, passavam pelo mesmo local. Pensava ele nos sentimentos que cada pessoa trazia em seu olhar. Uma mãe, ao cuidar de um filho com tanto carinho, enquanto desciam do transporte coletivo. Um senhor todo vaidoso, com gel no cabelo, suéter branquinho (combinando com os cabelos) e um charme especial – esse lhe transmitia muita sabedoria no olhar esperançoso da vida que carregou. Ao longo do caminho, pessoas e mais pessoas se entrelaçavam na larga calçada do centro da cidade, todas com seus olhares cuidadosos e, ao mesmo tempo, pensativos. Algumas demonstravam certa preocupação, talvez com o horário de entrada no trabalho, outras calmaria, essas estavam apenas enrolando. Olhares que reparam nas vitrines, loucos para aderir ao tal produto exposto. Brilhos que saiam ao se esbarrar com alguém interessante. Mesmo com todos esses olhares, uma coisa não lhe saia à mente: a felicidade. Essa parecia estar presente em todos os olhares. Ao seu lado, andava uma moça – da qual sabia que a conhecia há muito tempo, mas quase não se falavam – que lhe cumprimentou. Após a saudação, não conseguia desviar o olhar, ambos estavam sem jeito com a situação, queriam algo mais um do outro, mas as marcas passadas lhes impediam de tomar a iniciativa. Os dois se recolheram aos próprios pensamentos e, com apenas um aceno com as mãos, se afastaram. Chegando ao local do encontro com os amigos, um espelho chamou a atenção dele. Pensava consigo mesmo: será que aquilo que vejo nos olhos das pessoas também estará no meu? Começou a contemplar seu próprio reflexo. A pele marcada, as grandes olheiras, as marcas do tempo... até chegar ao esperado olhar. Ah, o olhar! Esse já não era o mesmo. A vida lhe tinha passado como esses instantes em que caminhava. Já a felicidade, essa, no seu coração, não mais estava!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

É sentimento!

Aquela mais obscura sensação...
É sentimento!
As idéias que surgem e saem sem querer...
São sentimentos!
O cérebro que pensa, repensa e, no fim, não ajuda...
É repleto de sentimentos!

Viver, sem ter que dar uma sequer satisfação...
É vontade!
O grito, o choro e o sorriso...
São vontades!
Cantar, encantar e se expressar...
São palavras repletas de vontade!

A atitude mal tomada no momento em que o certo era compreender...
Foi um erro!
O dia que passa sem ao menos ser visto pela janela...
É um erro!
O carinho que você não demonstra à pessoa que tanto o espera...
Sempre é um erro!

A família, que te espera todos os dias e te ama de coração...
É valiosa!
As conversas com os amigos que realmente nos fazem bem...
São muito valiosas!
A mãe, que lhe gerou e criou com o máximo de carinho e que, hoje, lhe quer feliz...
É a mais valiosa!

O futuro que causa tanta aflição ao ser imaginado...
É esperança!
O presente que custa a demonstrar a que veio...
Acaba sendo esperança!
A vida, por mais sofrida que seja, e os sonhos que existem no peito, mesmo quando não existe paz de espírito...
Só existem porque tenho esperança!

Sentimento, vontade, erro, valiosa e esperança...
São poucas palavras que demonstram a imensidão de vocabulário que pode servir para explicar as inúteis ações de indivíduos, que deixam que lhe passe sem ser notada a verdadeira Felicidade!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Desrespeito? Não! É representação de fé.

Aos poucos a gente vai percebendo que, para aqueles que realmente confiam em Deus, algumas convenções ou regras impostas pela sociedade não devem ser levadas a sério. Estava voltando para casa, era aproximadamente 23 horas, por uma rua quase deserta e escura. Passando em frente a um condomínio, avistei um carro do outro lado da rua e notei uma conhecida saindo do residencial, percebi, então, que no carro estavam seus filhos e um senhor que, aparentemente, era seu esposo. O que me intrigou muito foi notar que eles ouviam uma música muito estranha, ou melhor, um funk. Como poderia uma família de evangélicos ouvir um funk, que geralmente tem letras que envolvem apenas sexo? Fiquei surpreso e, claro, cheio de pré-conceitos. Quanto mais próximo eu chegava da mulher, mais engraçada ficava a minha inquietação. Com muita vergonha, cheguei próximo à mulher. "Oi Alisson", ela me disse. "Oi", respondi ao passar por ela. Foi então que pude escutar a letra da música que dizia:
- Vem, vem, vem. Glória a Deus. Vai, vai, vai. Aleluia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aos 19


É, e mais um ano se passou. Muitas coisas aconteceram em tão pouco tempo. Muitas lembranças. Algumas que seriam melhor que não estivessem acontecido, outras que não estivessem acabado. Mas o sonho continua!
À beira do sinal numeral de envelhecimento, percebemos o quanto “coisas” e pessoas foram importantes, mas ao menos tiveram o seu lugar reservado na lotada agenda diária. A cada segundo a história é construída e sequer notamos que há um risco dela ficar no esquecimento. É preciso fazer, é preciso acontecer, é preciso viver!
Na busca incessante pelo sonho realizar-se é preciso fazer a diferença. Cada gesto é elemento chave para a construção de uma vida.
É incrível como passamos os “primeiros” anos de nossa vida, sonhando com o envelhecimento, mas quando chegamos à idade esperada, passamos a sonhar em poder voltar atrás. Não e que existam arrependimentos do que fizemos, mas sim do que deixamos de fazer quando ficamos parados, esperando o tempo passar. Cada minuto teria sido vivido com maior intensidade se a sabedoria de hoje fosse predominante naquela época.
Ah quinze anos, como essa idade é bonita e ao menos percebemos. Passamos horas nos lamentando e pensando em como seria de já tivéssemos a liberdade que demoraria três anos para chegar.
Liberdade, ah se soubesse que nunca existiria. Os compromissos, preocupações e sonhos a anulam. Mas uma coisa é certa, a esperança continua a mesma.
Quando pequeno, sonhava com um mundo impossível. Cheio de heróis e apenas com coisas boas. Cresci um pouco e os sonhos persistiram, agora eram relacionados ao sucesso, fama, dinheiro, dentre outros. Hoje, o que persiste é a certeza.
Certeza de que tudo o que realmente sou foi construído, parte a parte, por aqueles que certamente fazem a diferença. Cada pessoa que conheci, cada lugar que passei, cada sonho que sonhei, foram constituintes de um ser. Mas aqueles que realmente me fazem sonhar, agora com a eterna felicidade, são aqueles que persistem em, mesmo longe, me influenciar.
Aos meus familiares, amigos e professores, o meu muito obrigado, pois realmente são o tempero necessário para a construção de um ser que leva consigo a esperança de um conglomerado de realizações.