terça-feira, 24 de maio de 2011

Desrespeito? Não! É representação de fé.

Aos poucos a gente vai percebendo que, para aqueles que realmente confiam em Deus, algumas convenções ou regras impostas pela sociedade não devem ser levadas a sério. Estava voltando para casa, era aproximadamente 23 horas, por uma rua quase deserta e escura. Passando em frente a um condomínio, avistei um carro do outro lado da rua e notei uma conhecida saindo do residencial, percebi, então, que no carro estavam seus filhos e um senhor que, aparentemente, era seu esposo. O que me intrigou muito foi notar que eles ouviam uma música muito estranha, ou melhor, um funk. Como poderia uma família de evangélicos ouvir um funk, que geralmente tem letras que envolvem apenas sexo? Fiquei surpreso e, claro, cheio de pré-conceitos. Quanto mais próximo eu chegava da mulher, mais engraçada ficava a minha inquietação. Com muita vergonha, cheguei próximo à mulher. "Oi Alisson", ela me disse. "Oi", respondi ao passar por ela. Foi então que pude escutar a letra da música que dizia:
- Vem, vem, vem. Glória a Deus. Vai, vai, vai. Aleluia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aos 19


É, e mais um ano se passou. Muitas coisas aconteceram em tão pouco tempo. Muitas lembranças. Algumas que seriam melhor que não estivessem acontecido, outras que não estivessem acabado. Mas o sonho continua!
À beira do sinal numeral de envelhecimento, percebemos o quanto “coisas” e pessoas foram importantes, mas ao menos tiveram o seu lugar reservado na lotada agenda diária. A cada segundo a história é construída e sequer notamos que há um risco dela ficar no esquecimento. É preciso fazer, é preciso acontecer, é preciso viver!
Na busca incessante pelo sonho realizar-se é preciso fazer a diferença. Cada gesto é elemento chave para a construção de uma vida.
É incrível como passamos os “primeiros” anos de nossa vida, sonhando com o envelhecimento, mas quando chegamos à idade esperada, passamos a sonhar em poder voltar atrás. Não e que existam arrependimentos do que fizemos, mas sim do que deixamos de fazer quando ficamos parados, esperando o tempo passar. Cada minuto teria sido vivido com maior intensidade se a sabedoria de hoje fosse predominante naquela época.
Ah quinze anos, como essa idade é bonita e ao menos percebemos. Passamos horas nos lamentando e pensando em como seria de já tivéssemos a liberdade que demoraria três anos para chegar.
Liberdade, ah se soubesse que nunca existiria. Os compromissos, preocupações e sonhos a anulam. Mas uma coisa é certa, a esperança continua a mesma.
Quando pequeno, sonhava com um mundo impossível. Cheio de heróis e apenas com coisas boas. Cresci um pouco e os sonhos persistiram, agora eram relacionados ao sucesso, fama, dinheiro, dentre outros. Hoje, o que persiste é a certeza.
Certeza de que tudo o que realmente sou foi construído, parte a parte, por aqueles que certamente fazem a diferença. Cada pessoa que conheci, cada lugar que passei, cada sonho que sonhei, foram constituintes de um ser. Mas aqueles que realmente me fazem sonhar, agora com a eterna felicidade, são aqueles que persistem em, mesmo longe, me influenciar.
Aos meus familiares, amigos e professores, o meu muito obrigado, pois realmente são o tempero necessário para a construção de um ser que leva consigo a esperança de um conglomerado de realizações.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O tempo é o senhor da sabedoria


Ele quase não sabia o que dizer, o coração estava dilacerado. Não sabia nem se era melhor continuar ou acabar de vez com aquela angústia.
Ela apreensiva e notavelmente com os prantos recolhidos. O momento não era o mais propício para a conversa, mas isso precisava ser feito.
Os nervos já não controlavam a emoção e por dentro agonizavam de tristeza. Entre choros e sorrisos a frase mais famosa foi dita:
-Não sei o que dizer – fora ridícula, ele sabia, mas realmente não conseguira sequer expressar seus sentimentos, que dirá seus pensamentos.
A conversa foi sendo prolongada, falavam de tudo, desde os motivos da situação até coisas desnecessárias. Era preciso tudo isso para que a felicidade fosse resolvida.
Ambos tinham o mesmo desejo: solucionar os problemas e buscar a felicidade. Isso não foi necessariamente o que aconteceu.
Nem sempre a felicidade é encontrada no caminho certo. O resultado continuou sendo ruim, do mesmo jeito continuavam os dois a sofrer muito.
Retornaram ambos para seus lares. Pensavam, choravam, sofriam, lamentavam. Mas sabiam: o tempo é o senhor da sabedoria.

sábado, 30 de outubro de 2010

E o dia amanhece chuvoso.


Triste como quem necessitava de um abrigo.
Feliz como quem dependia de um auxilio divino.
 Sombrio como quem descobre a doença.
Claro como quem luta pela cura.
Agitado para aqueles cuja função é salvar.
Calmo para aqueles que gostam de descansar.
Chato para aqueles que não conseguem parar.
Legal para quem aprecia dormir e sonhar.
Mas afinal, como será esse dia?
Não sei. Só sei que deve ser aproveitado.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mais um dia de experiências

Era um dia importante. Logo cedo foi obrigado a despertar, pegar a mochila e partir para mais um desafio: enfrentar muitos jovens e adolescentes indecisos. Fora necessário pegar condução coletiva. Ia reparando as coisas pelo caminho e conversando com a amiga de muitas horas.Ao chegar ao ilustre campus, a surpresa foi notável: teria de auxiliar na produção jornalística.

A manhã foi passando e a correria do “ao vivo” fazendo com que tudo tivesse um gostinho de quero mais. Ligação vai, ligação vem. Entrevista vai, entrevista vem. E mais uma atividade a serviço da informação chegara ao fim.

Ao meio dia era notável o “ronco” no estômago. Foram todos diretamente para o restaurante com nome de fruta saborear os “pratos do dia”. Em meio a diversas combinações de assuntos proseados, eis que surge a voz:

- Eu não tenho dinheiro. Vocês pagam pra mim?

Em um gesto de amizade, todos se unem para fazer uma “mimosa” em prol da companheira de estudos e profissão. Até o mestre entrou na “parada”.

Minutos depois, dirigiam-se ao encontro dos inquietos responsáveis pelo futuro da nação: os estudantes que procuravam esclarecer dúvidas sobre as diversas profissões. Ao chegarem à seus postos, logo recebem a mais nauseante afirmação:

- Graças a Deus o diploma não é exigido!

E mais ainda:

- O curso oposto é melhor que o nosso!

Bastaram essas palavras para que a “merda” estivesse feita. Repugnados por tamanha barbaridade e enjoados de calar-se perante tanta falação, assumiam, pouco a pouco, a palavra e disseminavam o conhecimento junto aos demais.

O dia foi passando e o cansaço batendo à porta. Eis que resolvem encerrar o expediente. Juntamente com a “companheira”, aquela de todas as horas, e o mestre, retorna com a tão famosa condução: o transporte coletivo.

Os assuntos eram acadêmicos, tirando algumas observações pessoais, e o caminho ia se encurtando.

Chegavam ao destino, mas a volta não terminava por aí. Era preciso se separar dos demais e pegar mais uma condução até o destino desejado.
Os pensamentos, em meio à sinfonia de rangidos do veículo já usado e o sono que lhe alcançava aos poucos, foram determinantes para que o caminho torna-se curto e a “viagem” mais rápida.

Ao chegar ao tão esperado lar, a notícia não foi tão boa. Respondera furioso:

- Não acredito que deu embora a Belinha – a cachorrinha era sua protegida na casa.

Ainda nervoso, dirigi-se ao quarto e após horas de pensamentos, chega a uma conclusão:

- Mesmo com as dificuldades, foi gostoso vivenciar novas experiências!